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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Marcus Baby fala sobre a arte de customizar bonecos


Famoso por criar miniaturas de celebridades, o artista brasileiro faz sucesso na mídia

Alex Fernandes
Marcus Baby é conhecido por fazer miniaturas de várias celebridades, usando bonecas como Barbie ou Suzi, há cinco anos. O artista fala sobre o hobby, o processo de criação, o reconhecimento dos famosos, entre outras curiosidades na arte da customização.

O Estado RJ: Quando começou a coleção e qual foi o principal motivo de se tornar um colecionador?

Marcus Baby:  Desde criança eu sempre gostei de colecionar coisas, tinha o hábito de guardar figurinhas, gibis, discos, brinquedos... Depois passei para fitas de vídeos, DVDs, coisas relacionadas ao mundo pop, como música digital, videoclipes. Até que um dia, assistindo a um programa de TV, resolvi montar uma coleção de bonecos igualzinho ao do entrevistado, que tinha muitos bonecos. Daí, comecei a procurar onde vendia até descobrir que aqueles eram importados, caros e dificilmente haveria exatamente os que eu gostaria de ter na minha estante. Foi quando resolvi "fabricar" meus próprios bonecos: comecei estudando por conta própria na internet, em sites estrangeiros, até tomar coragem e criar a minha primeira boneca em novembro de 2005. Gostei tanto do resultado que continuo fazendo isso até hoje.

OERJ: Como é o processo de criação dos bonecos? Você faz alguma pesquisa para compor sua obra ou segue a imaginação?

M.B.: Quando eu determino quem será o personagem que recriarei num boneco, começo exatamente por uma pesquisa em busca de informações visuais sobre o escolhido e procuro um boneco (ou boneca) ideal, que eu ache que vai se encaixar direitinho ao que eu pretendo fazer. Vou atrás do material necessário, monto um projeto e sigo em frente.

OERJ: Você fez algum curso para compor sua arte? Como chegou a essa habilidade de transformar bonecos em celebridades?

M.B.: Não, nunca fiz nenhum curso relacionado a bonecos. Sempre tive habilidade com pinturas, colagens, desenhos, fui uma criança muito hiperativa, rabiscava, cortava, colava, literalmente customizava tudo que era meu. A noção que tenho relacionado a corte e costura veio de acompanhar minha mãe que é costureira, mas tudo que faço nos meus bonecos hoje são técnicas que aprendi ou criei com o tempo. Percebi que para que meus bonecos ficassem como eu queria precisaria fazer algo mais. E é o que eu faço: não economizo no capricho.

OERJ: Quanto tempo você gasta para criar? Teve algum boneco que te deu mais trabalho? E o mais complicado?

M.B: Não existe um tempo padrão, varia muito de acordo com o boneco. Tudo depende do que tenho em mãos para trabalhar ou da quantidade de coisas que tenho para fazer. Não posso registrar uma média porque alguns bonecos levaram meses, outros ultrapassaram anos e uns poucos levaram dias. A da viúva Porcina gastou apenas horas. Já o do Seu Jorge, que nem concluí, está chegando a dois anos de execução interrupta. Uma das mais complicadas foi a da Globeleza, porque tive que criar um roteiro inverso ao que costumo utilizar na fabricação.

OERJ: De onde vem tanta inspiração?

M.B.: A inspiração vem das imagens que vejo como uma cena de novela, um comercial de TV, um videoclipe, filmes, fotos de revistas, capas de CDs, outdoors, tudo que seja visual e interessante. Ultimamente recebo bastante sugestões pelo Twitter e é muito legal, porque acabo resgatando artistas que não lembrava ou que nem conhecia, mas que funcionam maravilhosamente bem como bonecos. Tem uns que são a minha cara e aí fica impossível não criar uma homenagem.

OERJ: Como escolhe a celebridade que vai virar boneco(a)?

M.B.: Comecei apenas criando meus artistas favoritos, ídolos de infância, adolescência, ou que de alguma forma marcaram momentos da minha vida. Agora através das sugestões eu apenas analiso se aquela pessoa vai ficar legal eternizada em boneco e parto pra criação. Mas confesso que tenho adoração por roqueiros, tatuagens, piercings e atitude, esses são os que eu gosto de fazer, mas não há regra, apenas verifico se aquela figura tem algo em comum comigo e pronto.

OERJ:  Já recebeu alguma proposta para vender alguma peça? Como foi?

M.B.: Recebo propostas diariamente, várias ao dia, desde o primeiro dia em que apareci na mídia. Existem histórias interessantes, melodramáticas e a mais conhecida foi a do apresentador Otávio Mesquita que passou uns 40 minutos no telefone tentando me convencer a vender minha boneca da Hebe Camargo para ele. Fez tipo um leilão e ofereceu até cinco mil reais, mas eu recusei. Minha arte não tem preço. Ele é colecionador, entendeu e combinamos de, quando ele vier a Natal, me fazer uma visita pra conhecer pessoalmente minha coleção.

OERJ: Qual o seu preferido e por quê?

M.B.: Geralmente, o meu preferido é sempre o último no qual estou trabalhando ou que acabei de lançar. Como disse antes, tenho um sentimento de apego com todos, porém me identifico mais com aqueles de visual "rock and roll", tipo o Dave Navarro, Pitty, Axl Rose, Pepeu Gomes, que são mais a minha praia.

OERJ: Atualmente quantos bonecos fazem parte da sua coleção? Qual será o próximo artista a ser homenageado?

M.B:  Prontos e exibidos no meu blog são 120 bonecos. Estou concluindo quatro bonecas ao mesmo tempo: a nova personagem da Deborah Secco, a Natalie Lamour da novela "Insensato Coração", e a cantoras Claudia Leitte, Erikka Supernova e a Fergie do Black Eyed Peas. Só não decidi ainda quem será a primeira a lançar no blog, vai depender muito do ensaio fotográfico e do meu instinto de marketing.

OERJ: O que você sente quando recebe o reconhecimento dos famosos?

M.B.: Receber o reconhecimento dos famosos, dos fãs dos famosos ou de qualquer pessoa que curta minha arte é algo que definitivamente não tem preço! É como se eu recebesse uma injeção de adrenalina que me estimula para o meu próximo projeto. Vira um ciclo, uma necessidade, algo difícil de explicar. Apenas sinto e pronto.

Para mais detalhes acesse o blog ou o twitter do artista (@marcus_baby).

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